Acredito que cada pessoa que encontramos em nossa vida é uma conexão, uma lição. Tudo no mundo tem seu propósito e nós moldamos nossa vida com nossas decisões que nos levam a diferentes direções. Há e sempre existirá conexões a serem feitas, umas serão mais intensas que as outras, mas todas trarão uma lição consigo. Esse é o nosso propósito resgatar e aprender. Sinto a dificuldade com as pessoas que eu converso de passarem por cima do orgulho, de terem coragem de ser sinceros, de antes de um julgamento pensarem o que levou aquela pessoa aquele ato. Penso que muitas vezes para alguns é mais fácil viver a ilusão do que buscar a verdade. E quando digo a verdade não digo necessariamente a verdade que a sociedade impõe me refiro aquela voz que soa dentro da gente, que nos leva a reflexão. Digo aquela sensação de que algo irá acontecer que muitas vezes não prestamos a atenção devida. Seria mais fácil se as pessoas tivessem coragem e se abrissem, que não tivessem nem vergonha, nem medo, tampouco pudor em dizer com sinceridade o que sente e o que pensa. A ignorância é uma das coisas mais tristes do mundo e se viver na ignorância por opção já se faz ruim imagina involuntariamente. Penso que muitas vezes as pessoas têm medo da franqueza por não estarem prontos para ouvi-la, mesmo pedindo para escutá-la. No entanto elas não entendem que ser franco é apenas se dizer o que se pensa e não obrigar ao emissor que concorde ou acredite, apenas escute e tire suas conclusões. Cada pessoa tem o direito de dizer o que pensa e cada um tem o direito de refletir e digerir como for melhor para si.
Bem, não sei ao certo porquê comecei com tudo isso... Talvez porque entre as coisas que tenho observado tenham me levado a essa reflexão, ou talvez eu tenha sempre pensado assim o que para alguns não é nenhuma novidade. Não faço ideia se alguém de fato lerá o que ta escrito, nem tampouco se fará diferença na vida de alguém. É provável que alguém de uma longa e sonora gargalhada, mas confesso a vocês sonhos são artigos de luxo, mal consigo dormir quem dirá sonhar, mas naqueles que posso fazer acordada espero que alguém possa ler e repensar um pouco seus atos, e que quanta coisa já deixou passar por tanto orgulho, ou por ser tão rígido. Quantas chances perdeu, ou quantas não deu.
Sabe de uma coisa? A vida é curta! Clichê? Não contaram? Sou a rainha do clichê e do démodé. E vocês esta perdendo um monte de coisas incríveis agora por não se dar essa chance e por não ter dado aquela também.
Vou passar pelo mundo, mas o que realmente quero ser? Quero ser grande, quero ser GENTE, quero fazer sorrir, quero rir e rir muito... Deixarei as impressões mais imprecisas de uma vida recém inaugurada e sabe-se Deus onde vai ser levada. Aqui jaz o mundo sobre meus olhos, minha mente inquieta e meus pensamentos soltos.. Divirtam-se ou irritem-se... Fiquem à vontade!
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Gatuno
Saca quando o mundo para? Tudo de repente fica diferente. Foi você ou eu quem mudou a perspectiva? Tá certo que sempre fui meio maluca, essencialmente carente, mas precisava mudar tantas coisas de lugar?
Bem, então já que você fez toda essabagunça essas palavras vão para você cidadão. É você mesmo com ares de segurança insegura. Vão para você que me fez sorrir, chorar, amar, como diz certa canção que escutei outrora. Você que me bloqueia, me invade, me abate. Você que sorrateiramente roubou sem que eu notasse o meu pobre coração, que eu havia escondido dentro do bolso. E essas não serão só palavras para dizer o quanto penso em você, porque simplesmente não penso! É Você que traiçoeiramente insiste em aparecer em lugares mais inusitados do meu pensamento que antes era tranquilo e plácido e agora se faz confuso. Sim você ladrão de coração, invasor de sonhos, desordeiro de pensamentos. Só faço um pedido será que pode devolver? Não se faz necessário que seja pessoalmente, pode ser em qualquer guichê reservado para devoluções de corações doentes. Ou se preferir mande pelo correio, ou ainda existe a possibilidade eletrônica escaneie e mande via e-mail. Aceito também SMS se for facilitar a entrega, mas eu lhe peço devolva-o. Ele já tá gasto, à você não terá serventia nenhuma pois não passa de um coração que já acelerou e desacelerou dezenas de vezes e agora coitado, louco vive a sobressaltos.
Bem, então já que você fez toda essa
sábado, 6 de novembro de 2010
Cicatriz
Observei de longe e percebi que ele notava, rapidamente desviei. Mesmo com tantos era impossível não notá-lo, mesmo sem querer surpreendia meus olhos em busca dos dele. Sentia-me quase hipnotizada, magnetizada pelo seu olhar. Seu olhar é tímido mas ao mesmo tempo intimidador. Sentia-me quase viciada por aquele sorriso, há sempre um sorriso, franco, bonito, aberto. Na despedida as pernas tremiam, um abraço rápido, tchau. Segundo encontro coração aos pulos, boca seca riso nervoso e novamente traída pelos olhares e dessa vez a medida que ele podia me encarava. Isso certamente me deixava mais nervosa, ser observada, encarada, sem pudor, sem medida. Aqueles olhos, que olhos intensos. Tentava de todas as maneiras ficar indiferente, mas era cada vez mais difícil ignorá-lo. Nova despedida e dessa vez de longe para evitar contato.
Sempre pensei como seria encontrá-lo em outras circunstâncias, talvez ao acaso, talvez sozinhos. Como seria? Existiram outros encontros e sempre com a mesma sensação, um misto dedesconforto com atração. Ele? Certamente não tem nem de longe a mesma impressão, mas sendo aqui caminho para confissões, seria ótimo tornar real o imaginário e possível o impossível.
E visto que nada para os nossos pensamentos é impossível, às vezes me pego naqueles olhos, naquele sorriso e na cicatriz que o torna ainda mais charmoso, encantador.
Não seengane caro leitor, tudo pode ser fruto da imaginação, até mesmo você. E como diria Platão: "Vivemos no mundo do irreal onde tudo o que vemos é somente uma sombra imperfeita de uma realidade mais perfeita."
Sempre pensei como seria encontrá-lo em outras circunstâncias, talvez ao acaso, talvez sozinhos. Como seria? Existiram outros encontros e sempre com a mesma sensação, um misto de
E visto que nada para os nossos pensamentos é impossível, às vezes me pego naqueles olhos, naquele sorriso e na cicatriz que o torna ainda mais charmoso, encantador.
Não se
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Buarquiando...
Sabe, estava escrevendo um novo texto e com o de habitual escutando música, eis que de repente surge uma das vozes mais lindas que meus ouvidos gostam de ouvir, Chico Buarque.
Não tem como explicar os efeitos que suas músicas causam nessa pequena escrevente. Gostaria de ter ao menos um quinto de sua genialidade. Infelizmente não tenho, no entanto posso tê-lo cantando aos meus ouvidos. Segue uma das tantas que fazem meu coração feliz.
Não tem como explicar os efeitos que suas músicas causam nessa pequena escrevente. Gostaria de ter ao menos um quinto de sua genialidade. Infelizmente não tenho, no entanto posso tê-lo cantando aos meus ouvidos. Segue uma das tantas que fazem meu coração feliz.
Tanto Amar
Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela é bonita
Tem um olho sempre a boiar
E outro que agita
Tem um olho sempre a boiar
E outro que agita
Tem um olho que não está
Meus olhares evita
E outro olho a me arregalar
Sua pepita
Meus olhares evita
E outro olho a me arregalar
Sua pepita
A metade do seu olhar
Está chamando pra luta, aflita
E metade quer madrugar
Na bodeguita
Está chamando pra luta, aflita
E metade quer madrugar
Na bodeguita
Se os seus olhos eu for cantar
Um seu olho me atura
E outro olho vai desmanchar
Toda a pintura
Um seu olho me atura
E outro olho vai desmanchar
Toda a pintura
Ela pode rodopiar
E mudar de figura
A paloma do seu mirar
Virar miúra
E mudar de figura
A paloma do seu mirar
Virar miúra
É na soma do seu olhar
Que eu vou me conhecer inteiro
Se nasci pra enfrentar o mar
Ou faroleiro
Que eu vou me conhecer inteiro
Se nasci pra enfrentar o mar
Ou faroleiro
Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela acredita
Tem um olho a pestanejar
E outro me fita
Acho que ela acredita
Tem um olho a pestanejar
E outro me fita
Suas pernas vão me enroscar
Num balé esquisito
Seus dois olhos vão se encontrar
No infinito
Num balé esquisito
Seus dois olhos vão se encontrar
No infinito
Amo tanto e de tanto amar
Em Manágua temos um chico
Já pensamos em nos casar
Em Porto Rico
Em Manágua temos um chico
Já pensamos em nos casar
Em Porto Rico
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Política?
Sabemos que o termo política tem sua origem grega - politéia, que é relativo a polis que pode se referir tanto a cidade/Estado quanto as definições de vida urbana, como comunidade, sociedade, coletividade e afins. Mas definitivamente não é sobre a origem clássica nem sobre os conceitos de Aristóteles que se resume esse texto. Na verdade isso não é um texto com pretensões políticas partidárias, tampouco um estudo aprofundado da questão. Esse texto é mais uma visão singela do que penso em alguns momentos sobre política. Pode parecer pejorativo para os estudiosos e céticos, ingênuo, incorreto, mas creio que ela vai além do que se diz, além do que se vê.
Acredito que a política é feita a todos instantes, nas conversas informais, na hora do cafezinho, reuniões de amigos. Na verdade somos políticos e fazemos política a todo momento. Dissertamos nossas opiniões sobre as coisas com tamanha veemência e acabamos por não darmos conta de quão políticos somos. Nascemos sobre essa óptica onde devemos por natureza ser politicamente correto, ecologicamente correto, percebe? Dentro de nossos lares, nos bancos das escolas, das faculdades, aprendemos sobre ética e moral, e tudo está ligado a política, nem que apenas a política de boa vizinhança. A política está incrustada em nossa vida, enraizada desde nossos primeiros passos no mundo, é iniciada pela educação que nossos pais nos atribui e moldada por nossas percepções, pelo ambiente em que vivemos e com quem nos relacionamos.
Por esse aspecto acho realmente engraçado quando alguém diz que não gosta ou não conhece política, talvez realmente não tenha conhecimento da política clássica (aquela ali citada acima), mas em algum momento da vida já a exerceu. A política existe sob de várias formas, e atua em nossas vidas diretamente, nas amizades, ou como parte da sociedade, talvez muitos não a reconheça porque ela pode se apresentar de outras maneiras com outros nomes, uma ideologia, um gosto musical, um programa de TV favorito, um livro, mas não se engane ela está aí em todos lugares. A nós cabe consciência e não apenas julgamento. É muito fácil criticar, julgar e até condenar atitudes alheias, mas o que eu faço em prol a uma mudança? O que eu faço para mudar esse quadro.
Grandes movimentos não se fazem diante de multidões, grandes movimentos pode começar em casa, no seu circulo de amizade ao seu lado onde você não enxerga. Você já parou para pensar que aquele amigo do outro dia que fazia tempo que não falava contigo quando te deu oi pedia na verdade socorro? Agora mesmo enquanto você lê essas linhas deve ter alguém que se sente só e não tem coragem de assumir e pedir ajuda, mas esse alguém certamente precisa de você, da sua paciência, do seu carinho e acima de tudo da sua amizade. Sim amizade também é política, e você pode ser um político do bem que ajudara uma pessoa que por sua vez ajudara outra, que ajudara outra, que ajudará outra e oura e outra... O movimento pode começar “pequeno” e inicialmente pode até parecer insignificante, mas será sempre grandioso para quem o recebe. Abra os olhos.
Acredito que a política é feita a todos instantes, nas conversas informais, na hora do cafezinho, reuniões de amigos. Na verdade somos políticos e fazemos política a todo momento. Dissertamos nossas opiniões sobre as coisas com tamanha veemência e acabamos por não darmos conta de quão políticos somos. Nascemos sobre essa óptica onde devemos por natureza ser politicamente correto, ecologicamente correto, percebe? Dentro de nossos lares, nos bancos das escolas, das faculdades, aprendemos sobre ética e moral, e tudo está ligado a política, nem que apenas a política de boa vizinhança. A política está incrustada em nossa vida, enraizada desde nossos primeiros passos no mundo, é iniciada pela educação que nossos pais nos atribui e moldada por nossas percepções, pelo ambiente em que vivemos e com quem nos relacionamos.
Por esse aspecto acho realmente engraçado quando alguém diz que não gosta ou não conhece política, talvez realmente não tenha conhecimento da política clássica (aquela ali citada acima), mas em algum momento da vida já a exerceu. A política existe sob de várias formas, e atua em nossas vidas diretamente, nas amizades, ou como parte da sociedade, talvez muitos não a reconheça porque ela pode se apresentar de outras maneiras com outros nomes, uma ideologia, um gosto musical, um programa de TV favorito, um livro, mas não se engane ela está aí em todos lugares. A nós cabe consciência e não apenas julgamento. É muito fácil criticar, julgar e até condenar atitudes alheias, mas o que eu faço em prol a uma mudança? O que eu faço para mudar esse quadro.
Grandes movimentos não se fazem diante de multidões, grandes movimentos pode começar em casa, no seu circulo de amizade ao seu lado onde você não enxerga. Você já parou para pensar que aquele amigo do outro dia que fazia tempo que não falava contigo quando te deu oi pedia na verdade socorro? Agora mesmo enquanto você lê essas linhas deve ter alguém que se sente só e não tem coragem de assumir e pedir ajuda, mas esse alguém certamente precisa de você, da sua paciência, do seu carinho e acima de tudo da sua amizade. Sim amizade também é política, e você pode ser um político do bem que ajudara uma pessoa que por sua vez ajudara outra, que ajudara outra, que ajudará outra e oura e outra... O movimento pode começar “pequeno” e inicialmente pode até parecer insignificante, mas será sempre grandioso para quem o recebe. Abra os olhos.
"A esperança é o sonho do homem acordado."
Aristóteles
sábado, 2 de outubro de 2010
Então...
Eu diria isso se já não tivesse dito..
Por definição há cor,
Por definição há doce,
Por definição há amargo,
Mas na realidade há átomos e espaço.
Por definição há cor,
Por definição há doce,
Por definição há amargo,
Mas na realidade há átomos e espaço.
Demócrito
sábado, 25 de setembro de 2010
Temporal
O normal de quando as luzes se apagam e tudo se faz silêncio eu vivo. Eu me evito para não encontrar as pessoas. De fato não estava preparada para isso e me falta um pouco de coragem para simplesmente seguir. Parece que abrindo certas gavetas do passado encontrei tantas coisas que gostaria de evitar e agora tudo se faz pesado. Por favor não me olhe com esses olhos inquisidores e tampouco esmiúce minha fragilidade. Não aguento esses olhos julgadores. Por favor não me questione tanto, acho que não sobrevivo a tanto julgamento. Por favor, nesse momento se for capaz faça o que diz a canção...
"me abraça, me aceita
me aceita assim meu amor
me abraça, me beija
me aceita assim como eu sou
e deixa ser o que for..."
... e não diga nada, se possível, se houver ao menos uma intenção de minha parte de dizer algo, apenas ouça. Não serão teses, argumentos justificáveis, nem ao menos opiniões... Serão apenas palavras, palavras soltas para juntas tornar-se um desabafo e será apenas isso um desabafo. De uma menina assustada, de uma moça carente, de uma mulher confusa, de uma pessoa...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Doce Anonimato
Aaaah os anônimos... Tecem opiniões por tudo, de todas as formas, por vezes especulam e falam o que bem querem sob a proteção do doce anonimato.
Anônimos estão aí por toda parte, pode ser eu, pode ser você, pode ser qualquer um. Muitos dizem que quem não tem nome não existe, não significa nada, no entanto, o anônimo pode despertar curiosidade, perplexidade, angustia de não saber quem é esse covarde que se esconde atrás de uma máscara...
Covarde??? Não seria o pobre vivente apenas tímido(a) ?
Não seria uma pobre alma atormentada pela aflição da possível rejeição segura no aconchegante anonimato?
Pois é, são muitas as questões que podem ser levantadas, mas inicialmente comecei esse texto porque (in)felizmente minha vida anda rodeada dos ditos anônimos e isso às vezes desperta os instintos mais selvagens da minha curiosidade. Nossa, que dramático não?!
Bom voltando parte desse assédio é por conta das redes sociais e como dizem por aí quem tá na chuva é pra se molhar né? Pensa bem, se eu quisesse me isentar dessa onda anônima não participaria de nenhum tipo de rede social.
Eu poderia agora tecer uma crítica do que é ser anônimo, das armadilhas, do ônus e do bônus do mesmo. Poderia fazer uma análise etimológica da palavra anônimo, dizer que é oriunda do grego na grafia ανωνυμία (ué eu agora falo grego?) e que quer dizer “sem nome”.
Mas na realidade estou aqui escrevendo exclusivamente para fazer um apelo:
Querido anônimo, saia do armário eu sou legal, não mordo, ficaria feliz em conhecê-lo. =D
Bem mesmo sabendo que esse meu pedido pode se fazer inútil ainda assim o fiz. Não custa ter esperança.
P.s.: De qualquer forma, obrigada pelas palavras gentis (ou não) que por vezes recebo. Obrigada por despender seu tempo lendo meus devaneios e perdoe a impaciência com seu "doce anonimato".
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Observadores
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pois é...
Estava lendo textos por aí e vi como as pessoas gostam de criar S.I.G.L.A.S. para qualquer coisa. Talvez seja para deixar as coisas mais atraentes, interessantes ou como dizem os jovens de agora mais cool. Acho engraçadas certas manias contemporâneas, esses comportamentos “ditos” inovadores que não inovam nada.
Essa rebeldia sem causa, essa onda banalizada, (sim acho muito banal essa falta de objetivos reais) causa em mim certa estranheza isso não faz parte do meu mundo, acho engraçado... Acho mais engraçado ainda quando me pego falando como se não pertencesse há esse tempo. (acho, acho, acho acho.. só sabe escrever isso mulher?) E como diria uma amiga minha (sabiamente por sinal) estou atrás do meu tempo...
Ai ai, tá sei que agora poucos entenderam, mas perdoem minha momentânea preguiça, não vou explicar!
Putz, às vezes me dou conta de quão velha eu estou. Estou? Sou? Sempre fui? Sempre achei que fui? Dúvidas! São geralmente elas que me diferenciam da maioria. Mas como eu nunca fui mesmo dada à maioria já nem ligo.
Talvez minhas convicções sejam mais latentes que as dúvidas. Não sei. Mas que acho engraçado observar o mundo de fora acho mesmo. Como pode? Tanta bobagem, tanto esforço por tão pouco... Perde-se muito tempo com coisas banais, vazias, mas como já disse antes num post desses aí cada um sabe o tamanho de sua dor...
Nota: achar
v. tr.
1. Encontrar (procurando ou não).
2. Descobrir, inventar.
3. Ter na conta de.
O Amanhã
Tenho uma amiga que vive brincando de deixar o tempo passar. Amanhã eu faço, amanhã eu ligo, amanhã eu procuro... o amanhã sempre é adiado para o próximo e as coisas simplesmente se vão com o tempo, esse mesmo tempo do amanhã que nunca chega, porque pra ela o hoje é sempre amanhã.
Não sei se essa atitude é defesa, distração,medo ou desleixo, só sei que o perigo de deixar tanto tempo passar é que infelizmente o tempo não volta, mesmo que a gente queira não volta. O tempo passa, escoa pelas mãos e não volta jamais. Temos poucas chances de fazer a coisa certa, mas se deixarmos sempre para o amanhã podemos perder justamente essa chance.
Sei que pode não fazer muito sentido, mas hoje quando olhei no espelho notei quando tempo tinha passado da ultima vez que me olhei. Vi quanto tempo passou... Naquele momento pude perceber quantos sonhos foram mudados, alguns anulados, outros perdidos pelo caminho, muitos desfeitos, agora já nem sei se eu sonho, já não penso como antes. Não me reconheci na face do espelho e não reconheço, mas os antigos sonhos...
Não sei se essa atitude é defesa, distração,
Sei que pode não fazer muito sentido, mas hoje quando olhei no espelho notei quando tempo tinha passado da ultima vez que me olhei. Vi quanto tempo passou... Naquele momento pude perceber quantos sonhos foram mudados, alguns anulados, outros perdidos pelo caminho, muitos desfeitos, agora já nem sei se eu sonho, já não penso como antes. Não me reconheci na face do espelho e não reconheço, mas os antigos sonhos...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Saudade de Pititinga
Para quem não sabe Pititinga é o nome de um peixe tipicamente nordestino (notem que o tipicamente está quase uma constante) saboroso em sua essência, mas também muito usado por pescadores como isca.
Não eu não estou louca nem virei uma adepta a pesca, na verdade todo esse meu "Q" saudosista não tem nada a ver com o pobre peixinho. A saudade em si é da encantadora e formosa Praia da Pititinga - RN.
E que saudade da Pititinga... Caminhar pelas areias branquinhas da praia, comer peixe fresco, tomar água de coco, ver a lua cheia iluminar a praia à noite, dormir escutando o bailar das ondas... Tomar café da manhã olhando o mar (como diria Dorival: “o mar quando quebra na praia é bonito é bonito...”) escutando os passarinhos cantarem. Deitar na rede, ler um livro, cochilar. Posso ficar aqui listando vários motivos para amar Pititinga. Posso dizer o quanto gosto da calmaria, do ar de maresia noturno, das pessoas e do jeito de “vila de pescadores” (aquelas de novelas praianas). Passaria horas e mesmo assim não conseguiria expressar meu imenso amor por aquele lugar.
A linda e surpreendente Pititinga é sem dúvida um doce refúgio. Pena que meus avós já não morem mais lá e tão cedo não sei quando voltarei. No entanto, hoje quando me bateu a saudade logo pensei em dividi-la com vocês.
Mesmo não tendo comigo fotos do farol e dos coqueiros a beira mar, tampouco a foto da carcaça do velho navio naufragado, postarei duas fotos que podem dar margem a sua imaginação para quem sabe um dia você sinta vontade de passar por lá.
![]() |
A Praia de Pititinga, localizada no município de Rio do Fogo, formada por uma pequena comunidade de pescadores e distante 55 Km de Natal - RN. |
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" O pescador tem dois amor, um bem na terra, um bem no mar..." Dorival Caymmi |
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Lugar
A Raiva e Eu
Quando ia a PITITINGA-RN visitar meus avós, minha querida vozinha sempre me recebia com um pote de RAIVA, sim RAIVA... Calma, calma, não é aquela raiva que todos conhecemos, raiva é o nome de um biscoito de polvilho tipicamente nordestino, delicioso por sinal. Confesso que por muito tempo relutei em acreditar que o nome de tamanha gostosura era realmente Raiva, mas não é que era mesmo? Dizem que o nome se dá porque nunca conseguimos comer apenas um e isso dá uma baita raiva, não é mesmo? E para os curiosos e gulosos como eu abaixo uma receitinha que descolei para produzir minha própria raiva... Hahahaha.
Ingredientes 1 kg de goma de mandioca (polvilho azedo)
1/2 kg de açúcar
250 g de manteiga
1 xícara (chá) de leite de coco fresco
4 gemas
1 pitada de sal
margarina e farinha de trigo para untar
1/2 kg de açúcar
250 g de manteiga
1 xícara (chá) de leite de coco fresco
4 gemas
1 pitada de sal
margarina e farinha de trigo para untar
Hmmm, delícia! =D
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Confiança
Já não sei mais no que confio nem se confio. De repente e não mais que de repente me vi descrente. E de tantas coisas, dês das sérias até as menos importantes. Mas assim descrente.. Em algum lugar ficou a fé, a confiança, e a crença.. Em um mundo que não mais me pertence, um paralelo de mim mesma. Aqui reside um vazio, inexorável e latente, algo que surge de repente e se instala no peito. Buraco negro de lembranças mortas, saudades tortas e um quê de solidão. Segue próxima a decepção gerada por ondas de expectativas, mesmo sabendo que não se pode esperar nada em troca. A doação sempre se torna difícil quando por vezes aponta uma esperança de ser agraciada. E por fim, um desejo absoluto de ter nem que seja por uma fração de segundo o que não se tem. Uma agonia insistente de querer o que não se pode. Fica então o vazio (aquele do inicio), um silêncio e o resto de uma saudade.
domingo, 25 de julho de 2010
Ideal inexistente
Devorada por esse olhos ferozes me derreto. Um sorriso quase amoroso e muito audacioso que me torna vulnerável. Voz marcante e perfume inebriante aguçando todos os meus sentidos. Engraçado e perspicaz arranca-me múltiplas risadas. Projeta em mim um ideal que não existe, fica frustrado por eu não ser assim tão controlável. Espera que por ti me transforme em algo mais flexível e amável. Tenta por inúmeras vezes fazer de mim a Amélia de seu sonho de menino. Busca entender a controvérsia que se esconde nesse corpo de mulher com olhos de menina. Dá carinho e quer a submissão de volta. Espera que a força se torne fragilidade sem perceber que é justamente dela o alimento. Espera que seja dócil e que anule sua personalidade. Mas esquece que junto com tudo isso há muito caráter. Fica triste a cada negativa minha, mas não consegue se afastar do meu sorriso. Lança-me olhares languidos quase que me pedindo clemência por maltratar seu coração. Faz esforço para me controlar sem perceber que sou bicho indomável só me rendo quando quero, não ofereço a qualquer um meu coração. E meu amor por outro declarado o faz sofrer, mas sem se preocupar que seu segredo é guardado. Procura nos braços de outra me esquecer.
sábado, 24 de julho de 2010
O amor de uma Pequena
A Pequena tem um grande amor. Um amor puro e doce que nasceu justamente quando ela não esperava. Um amor guardado, por vezes velado que jamais se sentiu antes. Um amor confesso pelos olhos, subentendido nos textos, sustentado nas canções, lembrado pelo cheiro. Um amor escancarado nos sorrisos, mas quando perto dele guardado a sete chaves. Um amor dela, por ele desconhecido, um típico amor bonito. Amor enraizado, por muitos esperado, mas só para ele guardado. Essa é a história de uma Pequena e seu amor. E para aqueles que não entendem o amor dessa Pequena. Para os que acham estranho um amor assim, saibam que o amor não pode ser formulado, medido, comprado. O amor tem diferente níveis e intenções, cada qual ama a sua maneira. Para o amor não há remédio, nem explicações, não existe argumentos só sentimentos. Ele se encontra em pequenos gestos é simples e singelo. Torna-se irresistível quando poético e serve sempre de inspiração. O amor deixa a vida colorida e feliz. Ilumina, enobrece, acalenta, aquece.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Tristeza
“A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora”
Eu não gosto da tristeza. E não é simplesmente pelas coisas ditas normais (afinal a vida também é feita disso), mas pela forma na qual se fica frágil, vulnerável. As pessoas ficam tristes por inúmeros motivos, desde ordem fútil até a mais doída. Sim, viver é um negócio difícil. Mas, voltando às tristezas fico pensando o que faz uma pessoa triste? Se podem ser inúmeros os motivos, podem sim serem inúmera as dores. Porque cada um sofre a sua maneira. Cada um tem seu nível de suportar a dor. Eu muitas vezes me pego “julgando” as dores alheias, mas peraí, quem raios sou eu para julgar? Quem me deu esse direito de juíza, dona da verdade senão apenas dona da minha. Fico imensamente triste quando faço isso. Viu? Existem diversos motivos para tristeza, existem diversos níveis de tristeza. E essa é apenas uma das muitas que trago comigo...
Confesso demagogia é algo que me deixa triste também, essas coisas que todos temos consciência e levamos sempre na “teoria” (percebe teoria). Onde está à ação nisso? Quando que vamos fazer movimentos para mudar essa realidade que nos incomoda (sair da teoria)? Apenas reclamamos, no mostramos tristes, mas não provocamos a mudança. Queremos mudar?
Penso que para muitos é mais fácil fazer o papel de vítima e culpar o outro pelo sofrimento, não percebemos que o sofrimento é nosso e de mais ninguém.
Você que lê isso agora pode até pensar que “lá vem ela querendo fazer julgamentos de novo”, no entanto isso tudo que escrevo aqui (em sua maioria bobagem, tá minhas bobagens) na verdade não passa de impressões confessadas.
A tristeza é sim amigos um estado de espírito. E cabe a cada um mudar esse
estado. É preciso consciência para mudá-lo. Ao menos é assim que eu penso. E você, pensa o quê?
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Não como antes
Hoje em uma das muitas conversas que tive alguém disse para eu me olhar de fora. Engraçado, sempre que termina um tipo de papo como esse penso e repenso inúmeras vezes o que foi dito. Os diálogos traçados analiso e projetos em minha mente novas respostas, assim surgem logo novos possíveis diálogos. Aprendi, a tolerância é um exercício, exercício esse de muuuuuita paciência. Mas ser tolerantes com os outros e não consigo é no mínimo injustiça, pra não falar desrespeito (mas isso agora não vem ao caso). Sim porque tolerar aos outros e não aceitar a si próprio é o avesso do exercício. Sim, falar é extremamente fácil. E eu faço isso muito bem. Detesto o tipo de pessoa que vive apenas na teoria, mas opa! Estou presa em minha própria rede de criticas e imperfeições (muito normal por sinal se pensarmos que estamos aqui exatamente para isso, aprender), onde um turbilhão de informações por segundo circundam uma mente demasiadamente hiperativa. É cansativo tentar prestar a atenção em pensamentos úteis, inúteis, altruístas, vazios, efêmeros, fugazes, voláteis e todos os outros que por aqui possam caber. Deveras cansativo!
Bem, como eu dizia, irrita-me um pouco as famosas pessoas do blá, blá, blá. Agora será que isso me irrita porque sou exatamente assim? Penso que daí falta a coragem e a força para encarar tudo o que acredito e penso que possa ser bom e aceitar melhor. Principalmente aprender a aceitar a mulher que eu me transformei, mesmo querendo incessantemente me manter aquela menina alegre e sonhadora que um dia eu fui. Mas sabe o que me traz de volta a realidade é perceber que jamais (depois de tudo vivido, observado, degustado, absorvido) voltarei a enxergar o mundo como antes.
A não ser...
Inexoravelmente surge em uma mente cheia de conflitos uma solução um tanto quanto inusitada para apagar aquele incêndio de palavras. Sim, ela é mesmo algo que se pode chamar incomum. E o que são as dores, senão um monte de coisas vazias? E o que é conviver, senão saber aceitar, tolerar? E o que são as pessoas, senão seres confusos em suas tolas ironias? Eu queria ser pássaro e voar bem alto entre as nuvens, deixando o vendo tocar a cara. Sim a cara, palavreado tão tosco e chulo quanto quem vos escreve. Queria fazer do céu desenho de aquarela, com nuvens coloridas e pôr do Sol ou ocaso alaranjado. Ah eu queria ser criança e buscar acalento nos braços apertados de vovô. Eu queria ser mulher, ter coragem e determinação. Mas, e as perguntas? Essas sempre serão feitas. A mente, creio eu, jamais será silenciada. E enquanto houver resquícios de esperança segue-se a caminhada.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Acho tão lindo esse texto da Lya Luft que resolvi postar.
Canção das mulheres
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft
sábado, 26 de junho de 2010
Psiu...
Confesso! Eu me arrependo do que escrevo porque nunca penso na coerência, significados, adequações da fina escrita. Sou tosca! As palavras brotam, como se fossem vivas. Minha mente fervilha e eu não consigo conte-la. Seria fácil que pudesse controlar esses "eus" que nunca se calam. Talvez se eles dormissem um pouco seria mais fácil tentar a tal sanidade que busco. Mas será que busco mesmo? Desculpas, soluções mirabolantes, um pouco de poesia. Uma discrição ardilosamente indiscreta. Fragmentos de sanidade na busca insaciável de um equilíbrio inexistente.
Fluidez
Dias ainda mais vazios. Uma lembrança diária do teu sorriso. O som da tua voz que ainda invade o pensamento. O teu perfume espalhado pela cidade. Você que se faz presente até em suas ausências. Quem é que fez o não? Quem inventou o medo? E as dúvidas, quem fez? Acometida de uma enorme vontade de estar perto do que me dá paz sigo buscando você. Do equilíbrio ao desespero. Da alegria a abstinência. Você! Não sei mais a direção desde quando você me mudou de rota. Às vezes chego a pensar como era bom antes de você, onde meu coração batia sossegado. Agora só descompasso. Mas não se vanglorie, te darei apenas fragmentos de uma pseudo verdade!Um pequeno pedaço do meu coração. E uma falsa sensação de sobriedade. E quando menos esperar intensifico. Parto para longe e nem ligo. Só para saciar minha vontade. Colocarei meus detetives para descobrir teus segredos, teu passado e teus devaneios. Para poder argumentar qualquer deslize. E se mesmo assim você ainda quiser arriscar... Pode completar!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Dois
Posso?
Posso invadir a tua vida, descobrir os teus segredos, saber o que vai em teus pensamentos?
Posso?
Posso bisbilhotar o seu passado, ver os teus retratos, saber quem tu és?
Posso?
Posso dizer o que tenho vontade, falar das suas feridas, ajudar a cicatrizá-las?
Posso?
Posso saber o teu gosto, saber as manias, te descobrir aos poucos.
Quero saber tudo!
Explica-me como faço pra aceitar?
Explica-me por que não?
Explica-me por que hesita?
Explica-me o mundo?
Explica-me você?
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