Observei de longe e percebi que ele notava, rapidamente desviei. Mesmo com tantos era impossível não notá-lo, mesmo sem querer surpreendia meus olhos em busca dos dele. Sentia-me quase hipnotizada, magnetizada pelo seu olhar. Seu olhar é tímido mas ao mesmo tempo intimidador. Sentia-me quase viciada por aquele sorriso, há sempre um sorriso, franco, bonito, aberto. Na despedida as pernas tremiam, um abraço rápido, tchau. Segundo encontro coração aos pulos, boca seca riso nervoso e novamente traída pelos olhares e dessa vez a medida que ele podia me encarava. Isso certamente me deixava mais nervosa, ser observada, encarada, sem pudor, sem medida. Aqueles olhos, que olhos intensos. Tentava de todas as maneiras ficar indiferente, mas era cada vez mais difícil ignorá-lo. Nova despedida e dessa vez de longe para evitar contato.
Sempre pensei como seria encontrá-lo em outras circunstâncias, talvez ao acaso, talvez sozinhos. Como seria? Existiram outros encontros e sempre com a mesma sensação, um misto de desconforto com atração. Ele? Certamente não tem nem de longe a mesma impressão, mas sendo aqui caminho para confissões, seria ótimo tornar real o imaginário e possível o impossível.
E visto que nada para os nossos pensamentos é impossível, às vezes me pego naqueles olhos, naquele sorriso e na cicatriz que o torna ainda mais charmoso, encantador.
Não se engane caro leitor, tudo pode ser fruto da imaginação, até mesmo você. E como diria Platão: "Vivemos no mundo do irreal onde tudo o que vemos é somente uma sombra imperfeita de uma realidade mais perfeita."
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