segunda-feira, 19 de julho de 2010

Não como antes


Hoje em uma das muitas conversas que tive alguém disse para eu me olhar de fora. Engraçado, sempre que termina um tipo de papo como esse penso e repenso inúmeras vezes o que foi dito. Os diálogos traçados analiso e projetos em minha mente novas respostas, assim surgem logo novos possíveis diálogos. Aprendi, a tolerância é um exercício, exercício esse de muuuuuita paciência. Mas ser tolerantes com os outros e não consigo é no mínimo injustiça, pra não falar desrespeito (mas isso agora não vem ao caso). Sim porque tolerar aos outros e não aceitar a si próprio é o avesso do exercício. Sim, falar é extremamente fácil. E eu faço isso muito bem. Detesto o tipo de pessoa que vive apenas na teoria, mas opa! Estou presa em minha própria rede de criticas e imperfeições (muito normal por sinal se pensarmos que estamos aqui exatamente para isso, aprender), onde um turbilhão de informações por segundo circundam uma mente demasiadamente hiperativa. É cansativo tentar prestar a atenção em pensamentos úteis, inúteis, altruístas, vazios, efêmeros, fugazes, voláteis e todos os outros que por aqui possam caber. Deveras cansativo!
Bem, como eu dizia, irrita-me um pouco as famosas pessoas do blá, blá, blá. Agora será que isso me irrita porque sou exatamente assim? Penso que daí falta a coragem e a força para encarar tudo o que acredito e penso que possa ser bom e aceitar melhor. Principalmente aprender a aceitar a mulher que eu me transformei, mesmo querendo incessantemente me manter aquela menina alegre e sonhadora que um dia eu fui. Mas sabe o que me traz de volta a realidade é perceber que jamais (depois de tudo vivido, observado, degustado, absorvido) voltarei a enxergar o mundo como antes.

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