Vou passar pelo mundo, mas o que realmente quero ser? Quero ser grande, quero ser GENTE, quero fazer sorrir, quero rir e rir muito... Deixarei as impressões mais imprecisas de uma vida recém inaugurada e sabe-se Deus onde vai ser levada. Aqui jaz o mundo sobre meus olhos, minha mente inquieta e meus pensamentos soltos.. Divirtam-se ou irritem-se... Fiquem à vontade!
domingo, 25 de julho de 2010
Ideal inexistente
Devorada por esse olhos ferozes me derreto. Um sorriso quase amoroso e muito audacioso que me torna vulnerável. Voz marcante e perfume inebriante aguçando todos os meus sentidos. Engraçado e perspicaz arranca-me múltiplas risadas. Projeta em mim um ideal que não existe, fica frustrado por eu não ser assim tão controlável. Espera que por ti me transforme em algo mais flexível e amável. Tenta por inúmeras vezes fazer de mim a Amélia de seu sonho de menino. Busca entender a controvérsia que se esconde nesse corpo de mulher com olhos de menina. Dá carinho e quer a submissão de volta. Espera que a força se torne fragilidade sem perceber que é justamente dela o alimento. Espera que seja dócil e que anule sua personalidade. Mas esquece que junto com tudo isso há muito caráter. Fica triste a cada negativa minha, mas não consegue se afastar do meu sorriso. Lança-me olhares languidos quase que me pedindo clemência por maltratar seu coração. Faz esforço para me controlar sem perceber que sou bicho indomável só me rendo quando quero, não ofereço a qualquer um meu coração. E meu amor por outro declarado o faz sofrer, mas sem se preocupar que seu segredo é guardado. Procura nos braços de outra me esquecer.
sábado, 24 de julho de 2010
O amor de uma Pequena
A Pequena tem um grande amor. Um amor puro e doce que nasceu justamente quando ela não esperava. Um amor guardado, por vezes velado que jamais se sentiu antes. Um amor confesso pelos olhos, subentendido nos textos, sustentado nas canções, lembrado pelo cheiro. Um amor escancarado nos sorrisos, mas quando perto dele guardado a sete chaves. Um amor dela, por ele desconhecido, um típico amor bonito. Amor enraizado, por muitos esperado, mas só para ele guardado. Essa é a história de uma Pequena e seu amor. E para aqueles que não entendem o amor dessa Pequena. Para os que acham estranho um amor assim, saibam que o amor não pode ser formulado, medido, comprado. O amor tem diferente níveis e intenções, cada qual ama a sua maneira. Para o amor não há remédio, nem explicações, não existe argumentos só sentimentos. Ele se encontra em pequenos gestos é simples e singelo. Torna-se irresistível quando poético e serve sempre de inspiração. O amor deixa a vida colorida e feliz. Ilumina, enobrece, acalenta, aquece.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Tristeza
“A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora”
Eu não gosto da tristeza. E não é simplesmente pelas coisas ditas normais (afinal a vida também é feita disso), mas pela forma na qual se fica frágil, vulnerável. As pessoas ficam tristes por inúmeros motivos, desde ordem fútil até a mais doída. Sim, viver é um negócio difícil. Mas, voltando às tristezas fico pensando o que faz uma pessoa triste? Se podem ser inúmeros os motivos, podem sim serem inúmera as dores. Porque cada um sofre a sua maneira. Cada um tem seu nível de suportar a dor. Eu muitas vezes me pego “julgando” as dores alheias, mas peraí, quem raios sou eu para julgar? Quem me deu esse direito de juíza, dona da verdade senão apenas dona da minha. Fico imensamente triste quando faço isso. Viu? Existem diversos motivos para tristeza, existem diversos níveis de tristeza. E essa é apenas uma das muitas que trago comigo...
Confesso demagogia é algo que me deixa triste também, essas coisas que todos temos consciência e levamos sempre na “teoria” (percebe teoria). Onde está à ação nisso? Quando que vamos fazer movimentos para mudar essa realidade que nos incomoda (sair da teoria)? Apenas reclamamos, no mostramos tristes, mas não provocamos a mudança. Queremos mudar?
Penso que para muitos é mais fácil fazer o papel de vítima e culpar o outro pelo sofrimento, não percebemos que o sofrimento é nosso e de mais ninguém.
Você que lê isso agora pode até pensar que “lá vem ela querendo fazer julgamentos de novo”, no entanto isso tudo que escrevo aqui (em sua maioria bobagem, tá minhas bobagens) na verdade não passa de impressões confessadas.
A tristeza é sim amigos um estado de espírito. E cabe a cada um mudar esse
estado. É preciso consciência para mudá-lo. Ao menos é assim que eu penso. E você, pensa o quê?
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Não como antes
Hoje em uma das muitas conversas que tive alguém disse para eu me olhar de fora. Engraçado, sempre que termina um tipo de papo como esse penso e repenso inúmeras vezes o que foi dito. Os diálogos traçados analiso e projetos em minha mente novas respostas, assim surgem logo novos possíveis diálogos. Aprendi, a tolerância é um exercício, exercício esse de muuuuuita paciência. Mas ser tolerantes com os outros e não consigo é no mínimo injustiça, pra não falar desrespeito (mas isso agora não vem ao caso). Sim porque tolerar aos outros e não aceitar a si próprio é o avesso do exercício. Sim, falar é extremamente fácil. E eu faço isso muito bem. Detesto o tipo de pessoa que vive apenas na teoria, mas opa! Estou presa em minha própria rede de criticas e imperfeições (muito normal por sinal se pensarmos que estamos aqui exatamente para isso, aprender), onde um turbilhão de informações por segundo circundam uma mente demasiadamente hiperativa. É cansativo tentar prestar a atenção em pensamentos úteis, inúteis, altruístas, vazios, efêmeros, fugazes, voláteis e todos os outros que por aqui possam caber. Deveras cansativo!
Bem, como eu dizia, irrita-me um pouco as famosas pessoas do blá, blá, blá. Agora será que isso me irrita porque sou exatamente assim? Penso que daí falta a coragem e a força para encarar tudo o que acredito e penso que possa ser bom e aceitar melhor. Principalmente aprender a aceitar a mulher que eu me transformei, mesmo querendo incessantemente me manter aquela menina alegre e sonhadora que um dia eu fui. Mas sabe o que me traz de volta a realidade é perceber que jamais (depois de tudo vivido, observado, degustado, absorvido) voltarei a enxergar o mundo como antes.
A não ser...
Inexoravelmente surge em uma mente cheia de conflitos uma solução um tanto quanto inusitada para apagar aquele incêndio de palavras. Sim, ela é mesmo algo que se pode chamar incomum. E o que são as dores, senão um monte de coisas vazias? E o que é conviver, senão saber aceitar, tolerar? E o que são as pessoas, senão seres confusos em suas tolas ironias? Eu queria ser pássaro e voar bem alto entre as nuvens, deixando o vendo tocar a cara. Sim a cara, palavreado tão tosco e chulo quanto quem vos escreve. Queria fazer do céu desenho de aquarela, com nuvens coloridas e pôr do Sol ou ocaso alaranjado. Ah eu queria ser criança e buscar acalento nos braços apertados de vovô. Eu queria ser mulher, ter coragem e determinação. Mas, e as perguntas? Essas sempre serão feitas. A mente, creio eu, jamais será silenciada. E enquanto houver resquícios de esperança segue-se a caminhada.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Acho tão lindo esse texto da Lya Luft que resolvi postar.
Canção das mulheres
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft
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