terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Estância


Foto: Cezar Farias


Ela se abre em mil possibilidades de histórias antigas. Abriu para ver a paz, abriu para espiar a guerra. Olhou dores e observou amores. Abriu em fuga, fechou em porto. Assegurou, protegeu da luz, dos bichos e da chuva.
De tanto zelo agora nada sobra além da sombra, do abandono e da solidão da casa vazia.
Agora sem luz, sem cor, só a companhia solitária das paredes vazias, mas cheias de lembranças. E por vezes a visita de algum curioso que teima em quebrar o silêncio.
Mas visitas são apenas visitas.

*texto escrito a quatro mãos 

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